Que a onda leve Mallu
por Josie Moraes
Jovens histéricas gritavam pela Jovem Guarda na década de 60. O tropicalismo urgia na década de 70. Titãs e afins disputavam público com as pistas em 80. Axés e pagodes imperavam na mídia de massa nos anos 90. A partir dos anos 2000 muita hibridização.
2008: Eis que surge Mallu Magalhães para a moçada de Malhação e novo (novíssimo) target da MTV. Democracia sempre, claro. Franzina, estranha, menininha. Compõe em Inlgês. Não é péssima, mas boa está longe de ser. Acordes mal-feitos e voz desafinada. O que impressiona mesmo é o espaço que ganhou. Programas de tevê e destaques em jornais.
Se a música não é tão boa, pelo menos as idéias deveriam. Sem atitude e vivência, ela não é o retrato do que a moçada pensa. Sim, é preferível acreditar que os jovens brasileiros da idade dela pensam. Não dá para saber se ela faz apenas um tipo de esquisita, se falaram para ela que é legal dar entrevistas imbecis e que é sexy mexer no cabelo para passar o ar de desencanada.
O que não dá para entender é a música dela rolando nas rádios e a cara dela estampada na tevê. Interesses para mostrar uma personagem assim devem existir aos montes. Difícil é acreditar como é que pode alguém dar créditos à ela. Alguém que responde "sei lá" ao pensar num fato marcante de 2008. Triste é saber que tanta menina na idade dela está perdida por aí com um violão não mão, articulação no discurso, ideias bacanas na cabeça e nenhuma chance de aparecer. Agora resta esperar para ver quanto tempo dura. Seria mais agradável ligar a tevê e saber como está o caso Nardoni ou Eloá.
Veja o vídeo da menina no Altas Horas e tire suas próprias conclusões...
A idéia que gerou o livro "música para..." agora continua em versão blog. Matérias, entrevistas, fotos, opiniões. O blog que contempla a música.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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2 comentários:
Muito bom! hehehe
nada mais que a verdde ;-)
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